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Foi dada a largada a largada da Sp-arte: por onde eu começo?

Foi dada a largada a largada da Sp-arte: por onde eu começo?

 

Cada vez mais estandes, mais setores e mais metros quadrados de programação: o BIGORNA te ajuda a organizar sua visita à feira

Sai ano, entra ano, e parece estar sempre na hora de mais uma SP-Arte, que a partir desta quarta (3), entra na sua 15a edição. Um enxame de informações sobre a feira de arte mostram os números que não param de crescer: cada vez mais estandes, mais setores, mais metros quadrados ocupados pela programação (não à toa, a feira virou o Festival Internacional de Arte de São Paulo). A vontade de comparecer é imensa, mas ela sempre vem junto com uma sensação de confusão (sim, acontece com todo mundo!). Para não ficar na mesmice (ou até estagnado) no meio de tanta oferta, entenda o que há em cada setor da feira e organize sua visita até domingo (7):

CHEGANDO AO PAVILHÃO

A entrada principal da SP-Arte é no primeiro andar. Ali começa o setor geral da feira, que inclui mais de uma dezena de galerias e está espalhado também pelo segundo andar e térreo. Entenda: se quiser ver artistas modernos, fique no primeiro andar. Lá você encontra galerias importantes do mercado secundário (ou seja, que revendem obras) com muitas peças poderosas e icônicas. Claro que tem arte contemporânea, mas se deseja visitar as galerias nacionais e internacionais mais importantes do mundo, vá ao segundo andar. Bem no miolo deste piso, estão galerias como as brasileiras Luisa Strina, Vermelho, Fortes D’Aloia & Gabriel, Nara Roesler, e outras internacionais como a alemã Neugerriemschneider, britânica Lisson, a americana David Zwirner – elas são parâmetros do mercado de arte, além de reunirem os artistas mais relevantes da cena internacional, em alguns metros quadrados.

O setor geral não tem curadoria: as galerias se inscrevem e pagam para estar lá. Isso também acontece com o espaço dedicado ao design, localizado no terceiro andar. Já os outros setores da feira são curados, ou seja, seguem uma proposta de determinado curador convidado e formam um só projeto. Por isso, são mais direcionados e menos confusos (mas tudo está à venda!).

 

Saiba mais: Como funcionam as galerias de arte?

SETOR SOLO

 

O térreo está voltado para galerias mais jovens e, por isso, recebe o Solo, um dos projetos mais interessantes da feira, em que doze galerias selecionadas pela curadora chilena Alexia Tala mostram obras de um artista cada uma. É uma oportunidade para efetivamente mergulhar numa produção que você provavelmente não conhece. Desta vez, todas as galerias e artistas são latino-americanos. E há flyers com textos explicativos, o que dá uma boa noção do que você está vendo.

 

Leia mais: Quem dá o valor de uma obra de arte?

 

SETOR MASTERS

 

Antes chamado de “Repertório”, esse setor curado pelo brasileiro Tiago Mesquita apresenta figuras importantíssimas entre os anos 1950 e 1980, cujas produções influenciam gerações até hoje. Quer ver arte vanguardista e embasada? Não deixe de passar pelo setor localizado no segundo andar. A chilena Analívia Cordeiro, as brasileiras Letícia Parente e Lygia Pape e o suíço Max Bill são imperdíveis.

SETOR PERFORMANCE

 

Performance pode ser vendida, sim: o colecionador compra os direitos de ativar a performance quantas vezes ele quiser. Mas não é com esse intuito que o setor está na feira – até porque, são bem raras as vezes que uma performance é adquirida. Acontece que, sendo um festival, a SP-Arte não pode deixar de fora uma expressão tão importante da arte contemporânea. Diferentemente do ano passado, quando as apresentações aconteciam num só espaço, nesse ano, elas estarão espalhadas por locais e grade de horários. Confira aqui essa programação.

 

Entenda: O que é performance?

 

NOVIDADE: SETOR OPENSPACE

 

Como se já não houvessem setores o suficiente para preencher o prédio de Niemeyer, esse projeto foi feito para extrapolar as paredes do Pavilhão e ocupar o Parque Ibirapuera. Estão espalhadas esculturas e instalações de catorze artistas selecionados por Cauê Alves, que é diretor do MuBE (Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia) – ou seja, ele sabe bem sobre o que está falando. É tipo um caça ao tesouro: procure os trabalhos de Amelia Toledo, Hélio Oiticica, Claudia Jaguaribe, Kishio Suga e Eduardo Navarro (esse link te dá algumas pistas).

 

Assista: Como funciona uma feira de arte?

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